Imagine um templo em pelo centro de uma metrópole de 3 milhões de habitantes, onde o silêncio impera e se celebra a paz. Onde é possível passar horas a refletir, a contemplar o belo e a se lançar num diálogo silencioso com o infinito.
Imagine que além de tudo isso você tem um verdadeiro tesouro à sua volta. Peças únicas, a contar a história, escritas a mão, com narrativas emocionantes. E, em alguns casos, você pode até tocá-las.
Estamos agora em pleno Centro Histórico de Salvador, na Avenida Sete de Setembro, numa imponente construção que quase parece uma fortaleza.
Falamos da Igreja e Mosteiro de São Bento, fundados em 1582, e que abriga uma das mais ricas bibliotecas de obras raras do País. Se o tema lhe agrada, baiano ou turista que seja, esse é um endereço para você não deixar de ir.
Muitas das obras são únicas, originais de uma era. De estarrecer e emocionar e para serem manuseadas dependem de uma autorização especial e todo um ritual.
Mas não é tudo. O acervo sacro é magnífico, e merece algumas horas para uma detalhada e rica visita. Aliás, calma é o que não falta entre as paredes de quase 500 anos, largas, com algumas janelas gradeadas, como se fazia as fortalezas naqueles tempos.
A igreja é muito frequentada por fiéis e, aos domingos, pela manhã realiza concorridas missas. Além disso, o mosteiro tem um dos mais belos corais da Bahia, cujo canto encanta as pessoas.
A história do Mosteiro está ligada à história da Bahia. No século 17, serviu de enfermaria durante o período da peste espanhola. No século 18, acolheu os vitimados da Guerra de Canudos.
Em 1982, a igreja do Mosteiro foi elevada a condição de Basílica Menor de São Sebastião pelo Papa João Paulo II. Hoje, além do colégio ali instalado há décadas, funciona também no local a Faculdade São Bento.
É fácil chegar lá, pois está localizado no Centro e pode ser alcançado via Avenida Sete de Setembro.